29.11.19

Três dicas

Quando por aqui coloquei, há semanas, algumas despretensiosas notas sobre restaurantes da minha estimação, recebi algumas sugestões que entendi dever seguir. Tal como o Augusto Gil diz na “Balada da Neve”, fui ver...


Fui ver, por sugestão de Catarina Portas, o novo “Pap’Açorda”, no andar cimeiro do Mercado da Ribeira, em Lisboa. Como não acho desamasiada graça ao “conceito” do Mercado, porque a minha ideia de restaurantes não é bem aquilo (sou um conservador, eu sei!), ainda não tinha visitado o sucessor do “Pap’Açorda” do Bairro Alto. Erro meu! O novo restaurante é um belo espaço, com um serviço muito profissional, uma lista bem construída e uma carta de vinhos acertada. As mesas do corredor são um pouco “solitárias” e frias, mas é a geografia do espaço que a tal obriga. Tive pouca sorte no prato que escolhi, por razões que a pessoa que me serviu considerou atendíveis. Mas tudo o resto estava excelente e, decididamente, vou voltar. Obrigado pela dica, Catarina Portas.


Fiquei intrigado com uma sugestão, na Amadora (!), dada por Pedro Pestana Bastos: o “Colunas”. Mas lá fui. À primeira vista, o espaço não impressiona, longe disso. É aquele modelo um pouco “standard” de restaurante de bairro, com madeiras e mesas incaraterísticas. Depois, olhando a lista e a carta de vinhos, percebe-se logo que estamos num mundo bastante sério de restauração competente, com uma lista de caça soberba. O serviço é de uma atenção cuidada, com a filha dos proprietários a dar-nos uma qualificada “lição” de enologia, com um profissionalismo raro. Não saí nada arrependido dessa incursão nessa Amadora bem “profissional”, embora, outra vez por azar meu, a minha opção de prato não tivesse sido a melhor. Em tudo quanto as outras pessoas pediram, foi magnífico. Vou regressar em breve ao “Colunas”.


Finalmente, há dias um desvio na A6 para ir a Évora experimentar o “Momentos“, que Miguel Bastos Araújo me tinha sugerido. Bela escolha! Uma “ardoise” imaginativa com boas sugestões, de que experimentámos o suficiente para percebermos que há por ali mão de mestre, que acabámos por conhecer pessoalmente, pessoa com experiência internacional que, não apenas é relevante para a mão culinária que tudo dirige, mas que igualmente introduz um cosmopolitismo no ambiente, que é um verdadeiro valor acrescentado para a terceira cidade gastronómica do país. Tirando o facto da temperatura dos pratos principais um pouco estar abaixo do desejável (a noite estava fria, reconheça-se), tudo o resto pareceu à altura da recomendação recebida.

Três belas dicas! Muito obrigado!

2.11.19

Regressei ao XL


O XL esteve muito na moda nos anos 90 (do século passado, como agora se diz). Lembro-me da dificuldade em arranjar mesa por lá, por esses tempos, da imagem muito “trendy” dos seus jantares, com notas regulares nas colunas sociais, o que era então um chamariz para certas pessoas. 

Tenho uma memória sempre positiva, embora não excecional, do restaurante, recordando a variedade das suas entradas, que ficaram famosas (ainda hoje essa lista é farta e a dos peixes e carnes, tal como a das sobremesas, é bastante cuidada, embora sem rasgos). O espaço das salas continua interessante e o facto (muito raro em Lisboa) de haver alguém para estacionar o nosso carro (fui de Uber) é uma clara mais valia. Com a “explosão” de restaurantes na capital, reparei que deixei de frequentar o XL há algum tempo, embora fosse tendo notícias (de boa fonte) de que continuava uma mesa estimável. Nem sequer uma espécie de terraço exterior, que vi em alguns Verões, me reatraia muito.

Ontem, sei lá bem porquê, decidi regressar. A casa está praticamente igual, o espaço envelheceu um pouco, o serviço é do estilo bastante “seco” (sem tocar o arrogante), mas correto. Talvez porque chegámos cedo (reservar às 20.30 é “madrugar”, na Lisboa noturna de hoje), o ”timing” da refeição funcionou à perfeição. 

Só ter um branco e um tinto “ao copo” (embora ambos bons) é, contudo, uma falha quase tão imperdoável como os copos virem para a mesa já cheios, sem sequer vermos a garrafa de onde foram servidos. 

Para o que mais importa, toda a comida estava excelente - das entradas aos pratos principais, até às sobremesas. Só não merece nota maior porque a apresentação dos pratos foi, em todos os casos, muito pouco criativa, de uma sobriedade demasiado excessiva para um preço que, não sendo barato, acaba por ser justo.

O XL continua bem e recomenda-se. Com um pouco mais de pundonor, este restaurante só para jantares poderia, com facilidade, subir uns furos na lista de mesas muito recomendáveis de Lisboa.

1.4.19

O Castiço


Ainda há boas surpresas em Lisboa, em matéria de restaurantes. Hoje tive uma. Depois de duas reuniões de trabalho na Baixa, um amigo propôs: “E se fôssemos ao Castiço?”. Nunca tinha ouvido falar! É no 81 da rua dos Sapateiros. Trata-se do típico restaurante tradicional de Lisboa, de apoio a quem está no comércio e serviços, de que a Baixa estava cheia aqui há uns anos, fora das três ruas “nobres”. As paredes têm azulejos, as mesas são simples, o serviço é a condizer. Pelo aspeto, podia ser uma casa de tradição galega, mas fui informado que os donos, bem como o simpático empregado que nos atendeu, são alentejanos. A lista, que não é tão curta quanto se poderia imaginar, tinha um bacalhau cozido (“com todos, não é?”) que estava excelente (“já não há rabo nem cabeça, só posta!”). Com vinho da casa, sobremesa (uma bela laranja, na falta de um melão que me dizem ser um cartão de visita) e café ficou tudo em 13 euros. Pelo que vi, a procura é muita. Ah! E não me pareceu haver turistas por lá! Vou voltar ao Castiço!

30.3.19

Gosto do “Nobre”!


Há muitos anos que me habituei a frequentar os poisos do casal Nobre - Justa e José Nobre. Comecei, como toda a gente, por aquele espaço histórico na Ajuda onde, nos anos 80 e 90, o Portugal político parava para almoçar, nas salas pequenas, bem ao jeito das conspirações que então estavam na ordem do dia. Depois, fui cliente do restaurante que tiveram na Expo, que creio ter sido uma aposta com prazo de validade. As coisas, a partir daí, por algum tempo, não correram como a família merecia. 

Um dia, vi a família Nobre regressar a um local com dignidade, junto ao Campo Pequeno. O nome da Justa Nobre, apoiada na cozinha pelas suas irmãs, começou a destacar-se no palco da gastronomia portuguesa, com um cada vez mais amplo reconhecimento da sua qualidade e, muito em especial, do seu esforço em dar evidência aos produtos da terra transmontana. E o “Nobre” do Campo Pequeno, dirigido com a elegância diplomática de sempre por José Nobre, começou a ganhar fama - eu diria mesmo, “Justa” fama! O cozido dos domingos no “Nobre” é um marco lisboeta.

O “Nobre” é hoje, em Lisboa, um dos meus restaurantes preferidos. Tem uma caraterística muito “confortável”: é seguro, constante, por lá come-se sempre bem. É barato? Não é, mas é bom. Quando um amigo estrangeiro me pergunta por dois ou três lugares para comer bem em Lisboa, o “Nobre” está sempre nessa lista.

A família abriu agora uma segunda casa, o “À Justa”, na calçada da Ajuda, perto do local onde ficou a casa original. É uma sala diferente, para outro tipo de clientela. Só posso desejar sorte à aposta.

Mais “modesto”, eu fico-me, com grande regularidade, pelo “Nobre” do Campo Pequeno. E ainda está por vir o dia em que me arrependa de por lá pousar! A “minha” mesa preferida é a da direita, na fotografia...

Assim, assim...


Fui lá jantar ontem. O serviço é muito agradável, as empregadas são bastante atenciosas. A anterior vez que lá fui não me tinha deixado uma particular impressão. Como gosto muito de restaurantes italianos, cuido sempre em dar um desconto ao “granel” que neles se cria, tentando perceber o que daquilo é mero teatro e o que resulta do endémico culto do improviso “típico”, mais ou menos profissionalmente conseguido. Como teste, por contraponto, à inevitável coreografia “solta” - em Roma, como é sabido, é ela de regra, em Florença parece-nos requintada, em Messina ou Palermo ou Siracusa ou Taormina aprendemos que é só displicente, em Turim é arrogante, em Milão tem dias (em especial, noites), em Trieste sofre dos “blues” balcânicos, em Ancona tem delírios adriáticos, em Bologna rimos, em Ravello a vista cega-nos, em Veneza afogamo-nos na conta, em Génova sonhamos, em Sienna ou San Gemignano esquecemos tudo, em Nápoles - bom, em Nápoles...! - há sempre esse “detalhe” que é a comida, a qual, as mais das vezes, até é bastante boa. Ontem, foi apenas assim-assim - desculpem a minha sinceridade. Um destes dias, porque um dia não são dias, para “re-checkar”, vou regressar ao “Il Matriciano”, o restaurante em frente do nosso parlamento. Repito: ontem, não tendo sido mau, mas olhando o elevado preço que paguei, confesso que estava à espera de um pouco melhor...

20.3.19

O “momento zero”


Ontem à noite, num restaurante, lembrei-me do Artur (Kiko) Castro Neves, um amigo que perdi há alguns anos, um homem com uma leitura da vida muito pouco comum, que pensava "fora da caixa" e que cultivava uma modernidade no seu olhar sobre as coisas que eu sempre invejei (e eu gabo-me sempre de nunca ter conhecido o sentimento da inveja). O Kiko era um homem do Porto, mas, na realidade, era um cidadão do mundo, de muitas artes e ideias, que, a espaços, aportava à Mesa Dois do Procópio, onde era sempre uma presença saudada e muito querida. (Quem o quiser conhecer melhor pode ver aqui: https://pt.wikipedia.org/wiki/Artur_Castro_Neves).

Costumava visitar-me em Paris (também o fez em Brasília), onde tinha estudado e trabalhado e onde, à época, ainda vivia a sua mãe. Um dia, foi por lá com a Isabel e convidou-nos para jantar num restaurante perto do Beaubourg. Era um restaurante americano (!), de que ele gostava, situado numa das ruas que tinham sobrado do desbaste feito na área, depois do fim do mercado Les Halles (que ainda conheci!), no início dos anos 70. Na minha memória restaurativa, a refeição, fosse pela sua qualidade objetiva, fosse pelo facto da conversa com o Kiko me ter feito esquecer o que tive sobre a mesa, não deixou marca impressiva. Recordo que era um local bastante movimentado, ruidoso e animado, de que deixo uma imagem. Mas tudo isso é o menos importante para o que aqui me convoca a escrita.

A refeição já ia avançada quando decidimos mudar de vinho, cansados da opção por um tinto do "novo mundo" que nos tinha sido impingido pelo empregado. Olhámos em volta, tentando "to catch the eye" de um dos fâmulos que, minutos antes, giravam pela sala. Qual quê! Ninguém aparecia!

Foi então que esse meu amigo se saiu com a exclamação: "Estamos no 'momento zero'!" Olhámos para ele, perplexos, desconhecedores do significado do comentário. Esclareceu-nos: "Desde há muitos anos que me convenci que, em todos os restaurantes, há, a certa altura, um 'momento zero'. Trata-se de um vazio momentâneo, que chega a durar minutos, durante o qual os empregados se somem, talvez para fumar um cigarro ou para outras pausas mais básicas, em que o patrão se recolhe por instantes ao escritório, em que o pessoal do balcão, por qualquer razão misteriosa, se eclipsa. Não há ninguém na sala! Ou, se acaso resta alguém, estão recolhidos em espaços inacessíveis, sempre de costas voltadas ou, mesmo se de frente, assumem um olhar vítrio e distante, neutralizados por um cansaço que os torna inoperacionais. É um 'momento' que normalmente acontece quando a refeição já vai adiantada, sem um novo turno de clientes no horizonte, em que se caminha para as derradeiras sobremesas. Ah! E então na altura dos cafés é uma tragédia: é quando geralmente acontecem os grandes 'momentos zero'!"

O tempo que esse amigo demorou a explicar-nos a teoria do "momento zero", que já tinha testado pelos muitos mundos que visitou - o "momento zero" é transversal a todas as civilizações gastronómicas, note-se - e que afirmou com a sabedoria cristalina de quem, como ele, vivia então em frente do palácio de Cristal, acabou por ser suficiente para que um empregado surgisse, finalmente, ao fundo, e, face ao agitar sedento dos nossos braços, nos trouxesse um "pichet" de aceitável "rosso" italiano, para substituir o australiano quer eu caíra na asneira de aceitar no início. O "momento zero" acabara.

Ontem, no Bairro Alto, aqui em Lisboa, num certo restaurante (por sinal excelente, onde já não ia há anos), houve um desses "momentos zero". Por vários minutos, não consegui pedir outra garrafa de um tinto razoável de Arcossó (terra da minha bisavó materna, por sinal).

E, nesse instante, lembrei-me do Kiko. Depois, senti-me culpado por ter sido por um motivo tão fútil que a memória desse excelente amigo me ocorreu. Mas acho que ele não se importaria e que, a propósito do vinho escolhido, teria, com certeza, uma história para contar. Como eu agora tive, ainda graças a ele.

17.3.19

“Casas do Bragal”


Sem GPS torna-se um pouco difícil encontrar estas “Casas”, um improvável restaurante perdido no meio de um bairro residencial nos arredores de Coimbra. É uma moradia como muitas outras mas, lá chegados, sentimo-nos verdadeiramente em casa, porque estamos, de facto, numa residência de família. A sala, com muito bom gosto, começa por uma zona de sofás, com livros a toda a volta, indiciando que estamos em terrenos de gente com óbvia dimensão cultural. É separada por um murete da zona de refeições, que são da responsabilidade de Manuela Cerca, uma antiga jornalista, que discretamente nos apoia lá de dentro, da cozinha que dirige. Somos recebidos por Eugénio Martins, uma figura com um singular percurso intelectual, também autor das pinturas que enchem as paredes. É ele que tudo nos vai aconselhar, das bebidas aos pratos. Estes variam muito ao longo da semana, tornando a refeição sempre num “happening”, que acaba numa imperdível mesa de doces. Experimentem e verão que não se arrependem! Eu regresso lá sempre com gosto, como ainda ontem fiz.

11.3.19

Os clássicos do Porto


O prato é do Antunes, no Bonjardim. 

Um clássico do Porto, como o são, em registo diferente, o Líder, nas Antas, a Nanda, na rua da Alegria, a Cozinha do Manel, no Heroísmo, a (renovada) Adega de São Nicolau, na Ribeira, o Rápido, em São Bento ou o Aleixo, em Campanhã. E muitos mais! 

Grande Porto!

9.2.19

As estrelas de Bragança




Durante muitos anos, para quem era da minha terra, de Vila Real, a cidade de Bragança quase não existia. A estrada para lá era difícil, as curvas de Murça exigiam, no final, que se bebesse um quarto de Pedras na “Mira”, para atenuar o enjoo, quando, a caminho, se parava em Mirandela, para nos abastecermos das alheiras da Adelina. Às vezes, no percurso, comia-se (e ainda se come bem) no “Maria Rita”, no Romeu, ou, em Macedo, na saudosa “Estalagem do Caçador”, com uma inesquecível e bizarra decoração. Fora essa jornada forçada, que raramente fazia parte dos nossos percursos turísticos, Bragança era apenas o caminho para Espanha (e, em especial, para França), via Quintanilha e Zamora.

Recordo que se chegava a Bragança sempre arrasado, com a vista do castelo (ela aí está!). Era uma terra muito fria no inverno, onde nos cruzávamos com gente de samarra, e uma brasa infernal no verão, com aquelas terras e gentes a viverem uma injusta distância do mundo, que só as estradas do défice e da democracia viriam a atenuar. Vá lá, depois de arribados, havia por ali a simpática Pousada de São Bartolomeu, com uma lareira magnífica. Mas, na sala ao lado, sempre se jantou apenas assim-assim.

Onde se comia em Bragança, nesses tempos dos anos 70? Lembro-me apenas do “Lá em casa”, com coisas de caça, e do “Solar Bragançano”, naquele primeiro andar com ar de pensão de província, junto à Sé, onde se conversava sobre vinhos (pouco variados, então) com o patrão. No resto, que me perdoem, a cidade era um verdadeiro deserto culinário. Um dia, chegou-me a informação de que, fazendo uns quilómetros mais, em Gimonde, o “Dom Roberto” apresentava algumas coisas simpáticas. Ao lado, surgiu depois o “Quatro”. Hoje também há por lá o “Abel”, com excelente posta. 

Mas voltemos a Bragança. Tudo mudou por ali (por aqui, porque hoje estou em Bragança!). A cidade tem hoje um imenso orgulho na renovada Pousada, onde funciona o restaurante do Óscar Gonçalves, como o seu irmão e escanção António Luis a dirigir superiormente a sala. Trata-se do “Restaurante G”, que há semanas obteve uma esplendorosa estrela do Guia Michelin. Para mim, que assisti, ano após ano, à construção desse sucesso, foi uma imensa alegria. E espero que o tenha sido também para Bragança (a medalha de ouro da Câmara Municipal não deve tardar, se é que já não saiu), como o é para todo o Trás-os-Montes. 

Esta aventura do “Restaurante G” nasceu de um outro espaço da cidade, o magnífico “Geadas”, dos pais do Óscar e do Tó Luís, onde ambos fizeram a tarimba. O “Geadas”, que conheço há mais de duas décadas, continua excelente, com o Adérito e a dona Iracema nos comandos. 

Mas Bragança, em matéria de restauração, não parou. Ainda hoje, ao almoço, tive a felicidade de experimentar uma casa de primeira qualidade, que recomendo vivamente: a “Tasca do Zé Tuga”, dentro do castelo de Bragança, do chefe Luis Portugal. Posso dizer uma coisa muito sincera? Há já algum tempo que não comia tão bem! E disse isso ao chefe (quando não saio satisfeito, também digo). Um menu de butelo e um lombelo de se lhe tirar o chapéu, com sobremesas altamente criativas. Parabéns!

Mas há mais em Bragança! No centro da cidade, come-se bastantr bem no “Poças” e, fora, na estrada do Portelo, vale a pena uma visita ao “Javali”, num espaço rural muito simpático, e que vi hoje que já tem uma extensão dentro do castelo de Bragança, quiçá para fazer marcação à vizinha “Tasca do Zé Tuga”.

Uma lacuna, de que me penitencio: ainda não fui ao “Porta”, um espaço de cozinha contemporânea da cidade de que me falam muito bem. A vida não dá para tudo.

Amanhã regresso à minha Vila Real que - lamento ter de dizer - fica, nos dias de hoje, muito atrás de Bragança em matéria de restauração.

Hoje, deixemos as tristezas para trás. Fígados ao alto! E viva Bragança!