Em fevereiro, ao reatar este blogue, dedicado a
notas sobre restaurantes, tinha a intenção de assegurar, com regularidade, a publicação de umas
pequenas notas sobre cada um dos locais visitados. Mas estas boas intenções
desapareceram com o tempo, ou melhor. Optei por fazer um percurso muito ligeiro, propositadamente desorganizado, pelos restaurantes de Lisboa pelos quais me lembro de ter passado
ao longo destes cinco meses, como notas marginais sobre outras mesas que tenho intenção de vir a visitar
Por onde começar? Campo de Ourique parece-me um bom ponto de partida.
Por mais de uma vez, estive na TASCA DA ESQUINA (rua Domingos Sequeira,41C ), uma boa
"invenção" de Vitor Sobral, um local que, não sendo barato, é agradável
para conversas e tem uma razoável relação qualidade/preço.
Já não diria tanto da CERVEJARIA DA ESQUINA (rua Correia Teles, 56), ligada ao mesmo "chef", que me pareceu acentuar demasiadamente nos cifrões, embora o seu menu seja indiscutivelmente bom.
Ali bem perto, experimentei o SOLAR DOS DUQUES (rua Almeida e Sousa,58b), um lugar de que me tinham falado e onde tive uma experiência agradável, pelo que merecerá novas visitas. Não é barato, em especial se nos deixarmos seduzir pelas entradas.
Uma renovada e marcante experiência, porque se trata de um dos melhores alentejanos de Lisboa, foi uma ida ao MAGANO (rua Tomás da Anunciação, 52), que continua magnífico. Mas nada barato, diga-se.
Um regresso ao STOP DO BAIRRO (rua Tenente Ferreira Durão, 55A) deixou-me os habituais "mixed feelings" que mantenho sobre este restaurante. Os preços é que são mais do que convidativos (Fechou entretanto neste local, abrindo em Campolide, sem grande novidade, salvo o espaço. Out/2017)
Com regularidade, vou comer (eu e, como tenho notado, bem mais de metade da direção do PSD) ao COMILÃO (rua Tomás da Anunciação, 5a), do meu amigo Cardoso, cuja parede apresenta uma hagiografia "laranja" sem paralelo.
Pela zona, ainda não fui, desta vez, ao clássico e sempre seguro "Coelho da Rocha" (rua Coelho da Rocha, 104), do mesmo modo que me falta passar uma vez mais pelo sempre estimável "Cataplana & Companhia" (rua Ferreira Borges, 193), por muitos ainda conhecido pelo "antigo Tico Tico", onde sempre comi bem.
Ainda no bairro, saudades ficaram-me, para sempre, dos, entretanto desaparecidos, "Tasquinha da Adelaide" e "Charcutaria".
Descendo à Estrela, do outro lado do jardim encontra-se o OUTRO TEMPO BAR (rua João Anastácio Rosa, 2), um local agradável, sem grandes pretensões, onde se pode fazer uma refeição simpática, com um serviço muito profissional. Passo por lá à noite, para uma ceia tardia.
Com alguma regularidade, desço também ao n. 212 da rua de Bento, para repetir, sempre sem o menor risco de desilusão, o "rollsbeef" de Lisboa, no magnífico CAFÉ DE S. BENTO (aproveito para lembrar, numa nota garantidamente proveitosa, que idêntico bife pode ser degustado na "filial" do CAFÉ DE S. BENTO no Casino do Estoril, onde os "habitués" irão encontrar caras conhecidas de excelentes profissionais da casa).
Subindo à Madragoa, passei algumas vezes pela VARINA DA MADRAGOA (rua das Madres, 34) agora já sem o Oliveira mas com a atenção amiga do Veiga, um local simples, com a "qualidade" extra de estar aberto ao domingo.
Qualidade, aliás, que um pouco mais adiante, é partilhada pelo sempre agradável GUARDA MOR, no n. 8 da rua do mesmo nome, dirigido pela Sofia, neste que é um dos meus pousos preferidos para fechar a semana.
Muito perto, embora num registo de preço bastante mais elevado, continua excelente a A TRAVESSA (travessa do Convento das Bernardas), sob a batuta experiente da Vivianne, que, com a Sofia, antes tinha feito a "dupla" que, por muitos e bons anos, manteve uma antiga "Travessa", ali ao pé da Assembleia. Já agora, lembro-me que, lá pela zona do parlamento, ando há muito para voltar ao "XL" (calçada da Estrela, 57), também um bom "domingueiro".
Estou curioso de revisitar o "Alma" de Henrique Sá Pessoa, no 92 da calçada Marquês de Abrantes, um restaurante com cozinha contemporânea de muita qualidade.
Com um serviço de notável constância e um espaço exterior praticamente imbatível em toda a Lisboa, aconselho sempre o restaurante CONFRARIA da YORK HOUSE, no 32 da rua das Janelas Verdes.
Muito perto, no Hotel da Lapa, está uma das boas mesas de Lisboa, o LAPA (rua do Pau de Bandeira, 4), o qual, não sendo barato é garantido em qualidade.
Um pouco adiante, na rua do Conde, dois registos, de nível bem diferente: no n.61, o muito simples CONDE, com um acolhimento familiar e uma comida despretenciosa mas muito "honesta".
No n. 5, o LUMAR, também recomendável, só uns furos ligeiramente acima no preço, a rimar com um melhor espaço.
Saudades ficaram, na mesma rua, dos bons tempos do "Sua Excelência" e do "Nariz de Vinho Tinto". Ambos o vento levou.
Na área, também não passei ainda pelo "Clube de Jornalistas" (rua das Trinas, 129), mas já jantei no SENHOR VINHO (rua do Meio à Lapa, 18), uma boa casa de fado, com um serviço de restauração à altura do que podemos esperar em locais idênticos.
Já que falo de fado, uma noite calhou ir ao CLUBE DO FADO (rua S. João da Praça,86), em Alfama, um local da nova geração, com muito boa oferta musical e o nível restaurativo expectável.
Passando agora para Alcântara, noto que continua a comer-se muito bem no PAINEL DE ALCÂNTARA (rua do Arco, 7/13), onde o meu amigo Cardoso (irmão do proprietário do "Comilão") mantém uma aposta de qualidade, de que sou testemunha desde a primeira hora, há quase 30 anos.
Ambos colaboram agora numa nova e meritória aventura, o vizinho PAINEL GRILL (rua Gilberto Rola,20), que só visitei uma vez, mas com bastante bom proveito.
Quase em frente, no 21 da mesma rua, falta-me rever o velho "Alazão" e, um pouco acima, no largo da Armada n. 31, o “31 da Armada", que o MNE conhece pelas “espanholas” e, ao lado, no nº36, a
“Tasca da Armada”, que me dizem manter a qualidade.
Já a caminho da Ajuda, mas não muito longe, confirmei por duas vezes a qualidade sempre sustentada do SOLAR DOS NUNES (rua dos Lusíadas, 68).
Na zona mais ocidental da cidade, mas junto ao rio, do outro lado da via férrea, duas confirmações, uma nota e uma descoberta.
O CAFÉ IN (avenida de Brasília, 311) continua com muito boa qualidade, embora os preços comecem a parecer apenas compatíveis com as bolsas da clientela angolana e brasileira que, felizmente, por lá se vê em quantidade. A cafeteria, ao lado, tem um serviço errático e uma comida assim-assim, mas, no exterior, é um espaço bem simpático para os dias ensoleirados.
O VELA LATINA, na doca do Bom Sucesso, perto da Torre de Belém, mantém a qualidade de sempre, com um ambiente discreto, profissional e propício para uma conversa calma (o self-service anexo é ... um self-service).
Um pouco mais adiante, o DARWIN'S CAFÉ, na Fundação Champalimaud, continua a impressionar mais pela beleza do espaço do que pela qualidade da comida, que me parece necessitar de um rápido "upgrading".
A descoberta feita por essa área - e que descoberta! - foi a FEITORIA, o magnífico restaurante do Altis Belém Hotel. Cozinha de elevada qualidade, num espaço muito agradável, com um serviço bem à altura. Um restaurante que dignifica Lisboa.
E já que estamos por aquelas bandas, uma nota sempre positiva para o RELENTO (avenida dos Combatentes da Grande Guerra, 10), a excelente cervejaria de Algés, onde há décadas me não desiludo.
Voltando ao centro da cidade, dou-me conta que ainda não passei pelo sempre excelente "Gambrinus" (rua das Portas de Santo Antão, 23), nem pelo vizinho "Solar dos Presuntos" no 150 da mesma rua), ambos mesas garantidas. No 185 da avenida da Liberdade, faz-me falta rever, ambos situados no Hotel Tivoli, a "Brasserie Flo" e o magnífico "Terraço".
Dando agora um salto ao Chiado, e para nos mantermos no registo da grande cozinha, é justo referir o grande salto de qualidade que José Avillez fez dar ao velho BELCANTO (largo de São Carlos, 10), um espaço com grande história (e onde houve grandes "histórias"...). Tive por lá, há poucos dias, uma refeição soberba!
Do mesmo chefe, muito agradável, mas num registo menos exigente, encontra-se, quase em frente, o CANTINHO DO AVILLEZ (rua dos Duques de Bragança, 7), um lugar por ora talvez demasiado na moda para o meu gosto como frequentador, mas com uma excelente relação qualidade-preço.
Um destes dias, tenciono ir conhecer a "Pizzaria do Avillez", logo ao lado. Na zona do Chiado, tenho ainda visitas a fazer, mais cedo ou mais tarde, ao "Tavares" (rua da Misericórdia, 37), ao endereço novo do "100 Maneiras" (largo da Trindade, 9) e ao "Largo" (rua Serpa Pinto, 10) (Neste último, na minha (e não só minha) opinião, baseado em duas ou três visitas pode estar a desperdiçar-se um pouco a genialidade de Miguel Castro Silva, que do seu trabalho no Porto (e no "Bull & Bear" do seu tempo) deixou grandes saudades.
E, nestes meses, não fui ainda comer ao Bairro Alto! Estou com curiosidade em saber que será feito do "Papaçorda" (rua da Atalaia, 57) e do vizinho "Casanostra" (travessa do Poço da Cidade, 60), como andarão os filetes do "Primavera" (travessa da Espera, 34), qual será a lista atual do "Antigo Primeiro de Maio" (rua da Atalaia, 8), muitos anos depois do meu amigo Santos ter decidido passar à reforma. E os clássicos “Farta Brutos” (travessa da Espera, 20), “Bota Alta” (travessa da Queimada, 35), o "Fidalgo" (rua da Barroca, 27) e o renascido "Alfaia" (travessa da Queimada, 18), de onde há muito vi desaparecer os lombinhos à indiana, servidos pela Isabelinha? Que outras coisas novas haverá por lá? E como andará o bife da “Trindade” (rua nova da Trindade, 20)?
Mais acima, na rua da Escola Politécnica, tenho por hábito juntar-me a uma discreta tertúlia semanal no ROTA DAS SEDAS (rua da Escola Politécnica, 231), um espaço agradável e com um desenho de arquitetura interior pouco habitual. Perto, no 33 da Alexandre Herculano, verifiquei que o 33 se mantém com um ambiente simpático e a oferta gastronómica tradicional.
Na zona, espero poder, em breve, regressar ao "Assinatura" um restaurante, numa rua discreta (rua Vale do Pereiro,19), o qual, a meu ver, não tem merecido um destaque à altura da qualidade da sua oferta.
Muito próximo, importará também verificar como evoluiu essa boa aposta que foi "Pedro e o Lobo" (rua do Salitre, 169).
Um pouco mais acima, no n. 16 da rua da Artilharia 1, tenho confirmado a constância do MEZZALUNA, uma das minhas mesas de estimação.
Por ali perto, no Pátio Bagatella, não se sai desiludido do SABOR & ARTE (rua Artilharia 1, 51).
Lá no topo, no alto do Parque Eduardo VII, há muito que não passo pelo "Eleven", um restaurante de luxo cuja relação qualidade-preço não me convenceu nunca por completo.
Muito próximo, jantei há dias muito bem no SARAIVA'S (rua engº Canto Resende, 3), um restaurante cujo “estilo” sempre liguei muito ao do antigo "Belcanto"…
Andemos umas centenas de metros. Junto à Gulbenkian, confirmei, por mais de uma vez, a melhoria no DE CASTRO ELIAS (avenida Elias Garcia 180B), onde a mão de Miguel Castro Silva deixou uma marca muito positiva.
Senti o vizinho O POLÍCIA (rua Marquês Sá da Bandeira, 112A) algo triste, mas ainda muito recomendável naquela que é uma das listas mais tradicionais de Lisboa.
Já ao lado, o clássico (nasceu em 1946!) CORTADOR OH! LACERDA (avenida de Berna, 36), pareceu-me ter parado no tempo.
Ainda na mesma zona, tenciono, quanto puder, aproveitar a esplanada na "Gôndola" (av. de Berna, 64) e confirmar se "Adega da Tia Matide" (rua da Beneficência 77), se mantém em forma, expressão pedida de empréstimo à imensidão de futebolistas que a frequentam.
Do mesmo modo, pergunto-me como andará esse restaurante familiar que é a "Colina" (rua Filipe Folque, 46), talvez uma das mais clássicas mesas das Avenidas Novas.
Já no Campo Pequeno, no SPACIO BUONDI - NOBRE (avenida Sacadura Cabral, 53B), Justa e José Nobre oferecem uma cozinha de excelente nível, num restaurante que não é tão conhecido quanto o deveria ser.
Seguindo para as bandas de Entrecampos, no n. 30A da rua com esse nome, confirmei que O POLEIRO mantém, nestes tempos que não são fáceis para o setor da restauração, uma muito boa e constante qualidade, o que me leva, sempre que posso, a aí visitar os meus amigos Aurélio e Manuel Martins.
Um pouco mais adiante, quase no alto da Avenida da Igreja, situa-se um dos melhores restaurantes de Lisboa, o SALSA & COENTROS (rua Coronel Marques Leitão, 12), onde o Duarte e a sua equipa servem uma cozinha alentejana com bons apontamentos transmontanos, dando justo destaque àquela que é hoje uma das grandes mesas de Lisboa.
Muito perto, num registo de cervejaria típica de Lisboa, jantei há dias bastante bem no TICO-TICO (avenida do Rio de Janeiro, 19).
Para os lados da avenida de Roma, tenciono em breve dar uma saltada ao "Isaura" (avenida de Paris, 4), um clássico familiar perto da avenida Almirante Reis, avenida ao fundo da qual, no seu nº1, nunca é demais lembrar que se situa uma das melhores cervejarias de Lisboa, o "Ramiro".
Para terminar, alguns registos soltos, ainda por Lisboa.
No alto da calçada do Galvão, na Ajuda, o ESTUFA REAL, um dos mais belos espaços lisboetas para um dia de sol, sem ter baixado a qualidade, pareceu-me estar a sentir os efeitos da crise.
Por ali perto, tenho alguma curiosidade em saber se "A Paz" (largo da Paz, 22) se mantém à altura da boa imagem que criou.
Do outro lado da cidade, junto à estrada da Luz, o GALITO (rua da Fonte, 18B) continua a afirmar-se, sempre sob a batuta do meu amigo Henrique e a sabedoria herdada da dona Gertrudes, como uma das melhores mesas alentejanas de Lisboa (e como andará, ali perto, em Carnide, o sempre recomendável "Miudinho"?).
Regressando perto do rio, gostei de jantar uma noite no FAZ FIGURA (rua do Paraíso, 15B), a dois passos da "feira da ladra", depois do seu renascimento pela mão de Jorge Dias (e a "Bica do Sapato", ali quase ao lado, como estará?).
Junto ao Campo de Santana, fui experimentar, sem deslumbre mas também sem desgosto, o CAFÉ DO PAÇO (Paço da Raínha, 62), uma espécie de "remake" do velho Pedro V (ele próprio um sucedâneo mais afinado do antigo "João Sebastião Bar").
Não muito longe, voltei com grande satisfação ao discreto e excelente HORTA DOS BRUNOS (rua Ilha do Pico, 27), um segredo bem guardado perto da Estefânea.
Logo adiante, tenho curiosidade de ver se a cervejaria "Portugália" (avenida Almirante Reis, 117) se mantém igual e, no género, como andará o bife do café "Império", no 205 da mesma avenida.
Uma nota na rua de Campolide 258, para a TASQUINHA DO LAGARTO, onde mesmo os benfiquistas e portistas, com esforço, podem vir a ter uma mesa e apreciar boas doses de excelente comida portuguesa.
Para terminar, num improvável espaço dentro do centro comercial das Amoreiras, encontrei um lugar bem estimável, sob o estranho nome de CANTINHO REGIONAL SERRA DA ESTRELA, com uma lista simpática, preços razoáveis e serviço muito atento.
Apenas quatro notas nos arredores de Lisboa.
Uma palavra bem positiva para a ADEGA DO COELHO, em Almoçageme, um pouso simpático para grupos de amigos.
E duas notas costeiras.
Continua a comer-se muito bem em Carcavelos, na PASTORINHA.
E, a caminho do Guincho, o MONTE MAR permanece com grande qualidade, embora, naturalmente, tenha saudades do excecional "Porto de Santa Maria".
Do outro lado da cidade, em Moscavide, jantei muito bem no DELICIA DE MOSCAVIDE (rua Bento de Jesus Caraça, 21), um local popular, barulhento mas com bela comida.
Por onde começar? Campo de Ourique parece-me um bom ponto de partida.
Por mais de uma vez, estive na TASCA DA ESQUINA (rua Domingos Sequeira,
Já não diria tanto da CERVEJARIA DA ESQUINA (rua Correia Teles, 56), ligada ao mesmo "chef", que me pareceu acentuar demasiadamente nos cifrões, embora o seu menu seja indiscutivelmente bom.
Ali bem perto, experimentei o SOLAR DOS DUQUES (rua Almeida e Sousa,58b), um lugar de que me tinham falado e onde tive uma experiência agradável, pelo que merecerá novas visitas. Não é barato, em especial se nos deixarmos seduzir pelas entradas.
Uma renovada e marcante experiência, porque se trata de um dos melhores alentejanos de Lisboa, foi uma ida ao MAGANO (rua Tomás da Anunciação, 52), que continua magnífico. Mas nada barato, diga-se.
Um regresso ao STOP DO BAIRRO (rua Tenente Ferreira Durão, 55A) deixou-me os habituais "mixed feelings" que mantenho sobre este restaurante. Os preços é que são mais do que convidativos (Fechou entretanto neste local, abrindo em Campolide, sem grande novidade, salvo o espaço. Out/2017)
Com regularidade, vou comer (eu e, como tenho notado, bem mais de metade da direção do PSD) ao COMILÃO (rua Tomás da Anunciação, 5a), do meu amigo Cardoso, cuja parede apresenta uma hagiografia "laranja" sem paralelo.
Pela zona, ainda não fui, desta vez, ao clássico e sempre seguro "Coelho da Rocha" (rua Coelho da Rocha, 104), do mesmo modo que me falta passar uma vez mais pelo sempre estimável "Cataplana & Companhia" (rua Ferreira Borges, 193), por muitos ainda conhecido pelo "antigo Tico Tico", onde sempre comi bem.
Ainda no bairro, saudades ficaram-me, para sempre, dos, entretanto desaparecidos, "Tasquinha da Adelaide" e "Charcutaria".
Descendo à Estrela, do outro lado do jardim encontra-se o OUTRO TEMPO BAR (rua João Anastácio Rosa, 2), um local agradável, sem grandes pretensões, onde se pode fazer uma refeição simpática, com um serviço muito profissional. Passo por lá à noite, para uma ceia tardia.
Com alguma regularidade, desço também ao n. 212 da rua de Bento, para repetir, sempre sem o menor risco de desilusão, o "rollsbeef" de Lisboa, no magnífico CAFÉ DE S. BENTO (aproveito para lembrar, numa nota garantidamente proveitosa, que idêntico bife pode ser degustado na "filial" do CAFÉ DE S. BENTO no Casino do Estoril, onde os "habitués" irão encontrar caras conhecidas de excelentes profissionais da casa).
Subindo à Madragoa, passei algumas vezes pela VARINA DA MADRAGOA (rua das Madres, 34) agora já sem o Oliveira mas com a atenção amiga do Veiga, um local simples, com a "qualidade" extra de estar aberto ao domingo.
Qualidade, aliás, que um pouco mais adiante, é partilhada pelo sempre agradável GUARDA MOR, no n. 8 da rua do mesmo nome, dirigido pela Sofia, neste que é um dos meus pousos preferidos para fechar a semana.
Muito perto, embora num registo de preço bastante mais elevado, continua excelente a A TRAVESSA (travessa do Convento das Bernardas), sob a batuta experiente da Vivianne, que, com a Sofia, antes tinha feito a "dupla" que, por muitos e bons anos, manteve uma antiga "Travessa", ali ao pé da Assembleia. Já agora, lembro-me que, lá pela zona do parlamento, ando há muito para voltar ao "XL" (calçada da Estrela, 57), também um bom "domingueiro".
Estou curioso de revisitar o "Alma" de Henrique Sá Pessoa, no 92 da calçada Marquês de Abrantes, um restaurante com cozinha contemporânea de muita qualidade.
Com um serviço de notável constância e um espaço exterior praticamente imbatível em toda a Lisboa, aconselho sempre o restaurante CONFRARIA da YORK HOUSE, no 32 da rua das Janelas Verdes.
Muito perto, no Hotel da Lapa, está uma das boas mesas de Lisboa, o LAPA (rua do Pau de Bandeira, 4), o qual, não sendo barato é garantido em qualidade.
Um pouco adiante, na rua do Conde, dois registos, de nível bem diferente: no n.61, o muito simples CONDE, com um acolhimento familiar e uma comida despretenciosa mas muito "honesta".
No n. 5, o LUMAR, também recomendável, só uns furos ligeiramente acima no preço, a rimar com um melhor espaço.
Saudades ficaram, na mesma rua, dos bons tempos do "Sua Excelência" e do "Nariz de Vinho Tinto". Ambos o vento levou.
Na área, também não passei ainda pelo "Clube de Jornalistas" (rua das Trinas, 129), mas já jantei no SENHOR VINHO (rua do Meio à Lapa, 18), uma boa casa de fado, com um serviço de restauração à altura do que podemos esperar em locais idênticos.
Já que falo de fado, uma noite calhou ir ao CLUBE DO FADO (rua S. João da Praça,86), em Alfama, um local da nova geração, com muito boa oferta musical e o nível restaurativo expectável.
Passando agora para Alcântara, noto que continua a comer-se muito bem no PAINEL DE ALCÂNTARA (rua do Arco, 7/13), onde o meu amigo Cardoso (irmão do proprietário do "Comilão") mantém uma aposta de qualidade, de que sou testemunha desde a primeira hora, há quase 30 anos.
Ambos colaboram agora numa nova e meritória aventura, o vizinho PAINEL GRILL (rua Gilberto Rola,20), que só visitei uma vez, mas com bastante bom proveito.
Quase em frente, no 21 da mesma rua, falta-me rever o velho "Alazão" e, um pouco acima, no largo da Armada n. 31, o “31 da Armada", que o MNE conhece pelas “espanholas” e, ao lado, no nº
Já a caminho da Ajuda, mas não muito longe, confirmei por duas vezes a qualidade sempre sustentada do SOLAR DOS NUNES (rua dos Lusíadas, 68).
Na zona mais ocidental da cidade, mas junto ao rio, do outro lado da via férrea, duas confirmações, uma nota e uma descoberta.
O CAFÉ IN (avenida de Brasília, 311) continua com muito boa qualidade, embora os preços comecem a parecer apenas compatíveis com as bolsas da clientela angolana e brasileira que, felizmente, por lá se vê em quantidade. A cafeteria, ao lado, tem um serviço errático e uma comida assim-assim, mas, no exterior, é um espaço bem simpático para os dias ensoleirados.
O VELA LATINA, na doca do Bom Sucesso, perto da Torre de Belém, mantém a qualidade de sempre, com um ambiente discreto, profissional e propício para uma conversa calma (o self-service anexo é ... um self-service).
Um pouco mais adiante, o DARWIN'S CAFÉ, na Fundação Champalimaud, continua a impressionar mais pela beleza do espaço do que pela qualidade da comida, que me parece necessitar de um rápido "upgrading".
A descoberta feita por essa área - e que descoberta! - foi a FEITORIA, o magnífico restaurante do Altis Belém Hotel. Cozinha de elevada qualidade, num espaço muito agradável, com um serviço bem à altura. Um restaurante que dignifica Lisboa.
E já que estamos por aquelas bandas, uma nota sempre positiva para o RELENTO (avenida dos Combatentes da Grande Guerra, 10), a excelente cervejaria de Algés, onde há décadas me não desiludo.
Voltando ao centro da cidade, dou-me conta que ainda não passei pelo sempre excelente "Gambrinus" (rua das Portas de Santo Antão, 23), nem pelo vizinho "Solar dos Presuntos" no 150 da mesma rua), ambos mesas garantidas. No 185 da avenida da Liberdade, faz-me falta rever, ambos situados no Hotel Tivoli, a "Brasserie Flo" e o magnífico "Terraço".
Dando agora um salto ao Chiado, e para nos mantermos no registo da grande cozinha, é justo referir o grande salto de qualidade que José Avillez fez dar ao velho BELCANTO (largo de São Carlos, 10), um espaço com grande história (e onde houve grandes "histórias"...). Tive por lá, há poucos dias, uma refeição soberba!
Do mesmo chefe, muito agradável, mas num registo menos exigente, encontra-se, quase em frente, o CANTINHO DO AVILLEZ (rua dos Duques de Bragança, 7), um lugar por ora talvez demasiado na moda para o meu gosto como frequentador, mas com uma excelente relação qualidade-preço.
Um destes dias, tenciono ir conhecer a "Pizzaria do Avillez", logo ao lado. Na zona do Chiado, tenho ainda visitas a fazer, mais cedo ou mais tarde, ao "Tavares" (rua da Misericórdia, 37), ao endereço novo do "100 Maneiras" (largo da Trindade, 9) e ao "Largo" (rua Serpa Pinto, 10) (Neste último, na minha (e não só minha) opinião, baseado em duas ou três visitas pode estar a desperdiçar-se um pouco a genialidade de Miguel Castro Silva, que do seu trabalho no Porto (e no "Bull & Bear" do seu tempo) deixou grandes saudades.
E, nestes meses, não fui ainda comer ao Bairro Alto! Estou com curiosidade em saber que será feito do "Papaçorda" (rua da Atalaia, 57) e do vizinho "Casanostra" (travessa do Poço da Cidade, 60), como andarão os filetes do "Primavera" (travessa da Espera, 34), qual será a lista atual do "Antigo Primeiro de Maio" (rua da Atalaia, 8), muitos anos depois do meu amigo Santos ter decidido passar à reforma. E os clássicos “Farta Brutos” (travessa da Espera, 20), “Bota Alta” (travessa da Queimada, 35), o "Fidalgo" (rua da Barroca, 27) e o renascido "Alfaia" (travessa da Queimada, 18), de onde há muito vi desaparecer os lombinhos à indiana, servidos pela Isabelinha? Que outras coisas novas haverá por lá? E como andará o bife da “Trindade” (rua nova da Trindade, 20)?
Mais acima, na rua da Escola Politécnica, tenho por hábito juntar-me a uma discreta tertúlia semanal no ROTA DAS SEDAS (rua da Escola Politécnica, 231), um espaço agradável e com um desenho de arquitetura interior pouco habitual. Perto, no 33 da Alexandre Herculano, verifiquei que o 33 se mantém com um ambiente simpático e a oferta gastronómica tradicional.
Na zona, espero poder, em breve, regressar ao "Assinatura" um restaurante, numa rua discreta (rua Vale do Pereiro,19), o qual, a meu ver, não tem merecido um destaque à altura da qualidade da sua oferta.
Muito próximo, importará também verificar como evoluiu essa boa aposta que foi "Pedro e o Lobo" (rua do Salitre, 169).
Um pouco mais acima, no n. 16 da rua da Artilharia 1, tenho confirmado a constância do MEZZALUNA, uma das minhas mesas de estimação.
Por ali perto, no Pátio Bagatella, não se sai desiludido do SABOR & ARTE (rua Artilharia 1, 51).
Lá no topo, no alto do Parque Eduardo VII, há muito que não passo pelo "Eleven", um restaurante de luxo cuja relação qualidade-preço não me convenceu nunca por completo.
Muito próximo, jantei há dias muito bem no SARAIVA'S (rua engº Canto Resende, 3), um restaurante cujo “estilo” sempre liguei muito ao do antigo "Belcanto"…
Andemos umas centenas de metros. Junto à Gulbenkian, confirmei, por mais de uma vez, a melhoria no DE CASTRO ELIAS (avenida Elias Garcia 180B), onde a mão de Miguel Castro Silva deixou uma marca muito positiva.
Senti o vizinho O POLÍCIA (rua Marquês Sá da Bandeira, 112A) algo triste, mas ainda muito recomendável naquela que é uma das listas mais tradicionais de Lisboa.
Já ao lado, o clássico (nasceu em 1946!) CORTADOR OH! LACERDA (avenida de Berna, 36), pareceu-me ter parado no tempo.
Ainda na mesma zona, tenciono, quanto puder, aproveitar a esplanada na "Gôndola" (av. de Berna, 64) e confirmar se "Adega da Tia Matide" (rua da Beneficência 77), se mantém em forma, expressão pedida de empréstimo à imensidão de futebolistas que a frequentam.
Do mesmo modo, pergunto-me como andará esse restaurante familiar que é a "Colina" (rua Filipe Folque, 46), talvez uma das mais clássicas mesas das Avenidas Novas.
Já no Campo Pequeno, no SPACIO BUONDI - NOBRE (avenida Sacadura Cabral, 53B), Justa e José Nobre oferecem uma cozinha de excelente nível, num restaurante que não é tão conhecido quanto o deveria ser.
Seguindo para as bandas de Entrecampos, no n. 30A da rua com esse nome, confirmei que O POLEIRO mantém, nestes tempos que não são fáceis para o setor da restauração, uma muito boa e constante qualidade, o que me leva, sempre que posso, a aí visitar os meus amigos Aurélio e Manuel Martins.
Um pouco mais adiante, quase no alto da Avenida da Igreja, situa-se um dos melhores restaurantes de Lisboa, o SALSA & COENTROS (rua Coronel Marques Leitão, 12), onde o Duarte e a sua equipa servem uma cozinha alentejana com bons apontamentos transmontanos, dando justo destaque àquela que é hoje uma das grandes mesas de Lisboa.
Muito perto, num registo de cervejaria típica de Lisboa, jantei há dias bastante bem no TICO-TICO (avenida do Rio de Janeiro, 19).
Para os lados da avenida de Roma, tenciono em breve dar uma saltada ao "Isaura" (avenida de Paris, 4), um clássico familiar perto da avenida Almirante Reis, avenida ao fundo da qual, no seu nº1, nunca é demais lembrar que se situa uma das melhores cervejarias de Lisboa, o "Ramiro".
Para terminar, alguns registos soltos, ainda por Lisboa.
No alto da calçada do Galvão, na Ajuda, o ESTUFA REAL, um dos mais belos espaços lisboetas para um dia de sol, sem ter baixado a qualidade, pareceu-me estar a sentir os efeitos da crise.
Por ali perto, tenho alguma curiosidade em saber se "A Paz" (largo da Paz, 22) se mantém à altura da boa imagem que criou.
Do outro lado da cidade, junto à estrada da Luz, o GALITO (rua da Fonte, 18B) continua a afirmar-se, sempre sob a batuta do meu amigo Henrique e a sabedoria herdada da dona Gertrudes, como uma das melhores mesas alentejanas de Lisboa (e como andará, ali perto, em Carnide, o sempre recomendável "Miudinho"?).
Regressando perto do rio, gostei de jantar uma noite no FAZ FIGURA (rua do Paraíso, 15B), a dois passos da "feira da ladra", depois do seu renascimento pela mão de Jorge Dias (e a "Bica do Sapato", ali quase ao lado, como estará?).
Junto ao Campo de Santana, fui experimentar, sem deslumbre mas também sem desgosto, o CAFÉ DO PAÇO (Paço da Raínha, 62), uma espécie de "remake" do velho Pedro V (ele próprio um sucedâneo mais afinado do antigo "João Sebastião Bar").
Não muito longe, voltei com grande satisfação ao discreto e excelente HORTA DOS BRUNOS (rua Ilha do Pico, 27), um segredo bem guardado perto da Estefânea.
Logo adiante, tenho curiosidade de ver se a cervejaria "Portugália" (avenida Almirante Reis, 117) se mantém igual e, no género, como andará o bife do café "Império", no 205 da mesma avenida.
Uma nota na rua de Campolide 258, para a TASQUINHA DO LAGARTO, onde mesmo os benfiquistas e portistas, com esforço, podem vir a ter uma mesa e apreciar boas doses de excelente comida portuguesa.
Para terminar, num improvável espaço dentro do centro comercial das Amoreiras, encontrei um lugar bem estimável, sob o estranho nome de CANTINHO REGIONAL SERRA DA ESTRELA, com uma lista simpática, preços razoáveis e serviço muito atento.
Apenas quatro notas nos arredores de Lisboa.
Uma palavra bem positiva para a ADEGA DO COELHO, em Almoçageme, um pouso simpático para grupos de amigos.
E duas notas costeiras.
Continua a comer-se muito bem em Carcavelos, na PASTORINHA.
E, a caminho do Guincho, o MONTE MAR permanece com grande qualidade, embora, naturalmente, tenha saudades do excecional "Porto de Santa Maria".
Do outro lado da cidade, em Moscavide, jantei muito bem no DELICIA DE MOSCAVIDE (rua Bento de Jesus Caraça, 21), um local popular, barulhento mas com bela comida.