23.9.20

Depois do confinamento: “Gambrinus” ( Lisboa)


A primeira vez que entrei no Gambrinus, em tempo de pandemia, fez-me alguma impressão, confesso. Aquele é um espaço que, à partida, não rima com este tempo estranho. Mas, logo de seguida, ficou para mim muito claro que, por ali, nada de essencial tinha mudado. A elegância do serviço, a qualidade segura do que a lista nos oferece, o conselho avisado sobre o vinho, tudo isso estava ali por inteiro. Um bom restaurante sabe que tem de saber resistir a tempos exigentes. Por isso, as mesas estão mais distantes, há alguns acrílicos separadores discretos, o escrúpulo do rigor sanitário levou o Gambrinus a criar caixas de cartão, com o “logo” da casa, onde nos chegam os talheres. Nada falha, por ali. A atenção de Octávio Ferreira e a simpatia do restante pessoal conseguem manter o Gambrinus no seu nível de sempre. Esta é uma casa que nunca se perde.

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