Se assumirmos que Alpiarça tem como eixo uma longa rua, deverá dizer-se, para orientação geográfica, que "A Casa da Emília" fica ao fundo de uma das diversas perpendiculares dessa mesma estrada, no caminho para norte. Há anos que vinha a ouvir falar deste novo pouso ribatejano, mas não tinha tido oportunidade de por lá passar. Aconteceu agora.
Trata-se de uma casa térrea tradicional, com uma decoração agradável, a sugerir a de uma residência particular. O acolhimento feito pelo proprietário, Mário João Freilão, nomeadamente na descrição dos pratos, como que lembra aquele que, no passado, nos era proporcionado por Francisco Queiroz, no saudoso "Sua Excelência", em Lisboa.
A lista não era grande, o que dizem ser hábito (positivo, a meu ver) da casa. Experimentou-se uma sopa de arroz com feijoca e carapaus fritos, uns pasteis de massa tenra e uma galinha corada com arroz de forno. Como outras alternativas, havia, entre outras coisas, filetes de cherne panados, um borrego guizado à moda de Alpiarça e um lombinho assado no forno. No final, provaram-se doces locais. Os vinhos propostos eram apenas da região, com uma valia apenas média, em especial na relação qualidade/preço. E, neste domínio, diga-se que o preço final da refeição foi razoável.
A refeição não deslumbrou. A falta de movimento, que a crise potencia, traz consequências naturais nos produtos disponíveis e, com toda a certeza, limita outros rasgos gastronómicos. Um dia regressarei por lá, com vista a testar se esta impressão - que estando longe de ser negativa, também não foi muito entusiasmante - pode vir a ser alterada para melhor. Mas é uma casa que merece, pelo esforço que faz, ser visitada.
A Casa da Emília
Rua Manuel Nunes Ferreira, 101
Alpiarça
Tel. 243 556 316
Fecha: 2ª feira
parece bem confortavel; a situação actual não permite a muitos restaurantes ter muita variedade, sucedeu-me recentemente ao jantar num restaurante numa perpendicular à av da igreja, caravela qualquer coisa, pois foi desesperante, do que estava na lista era só dizer que não tinham, por fim lá mandamos fazer uns bifes e como entrada umas amejoas que insistiram. explicaram com a crise e falta de clientes, sobretudo ao jantar. perguntámo-nos e porque não fecham à noite e só servem almoços? na verdade, compreendi, afinal tambem faço parte da clientela que reduziu enormementa a ida aos restaurantes...
ResponderEliminarBoa tarde,
ResponderEliminarDesculpem fazer este pedido neste espaço de comentários, mas gostaria de vos endereçar um convite para um evento da Associação Primeiro Passo que irá ter um Menu de Gastronomia Moçambicana. Para onde o posso enviar?
O nosso e-mail é o assoc.primeiropasso@gmail.com
Muito obrigado,
Miguel Duarte