Antes, ia-se visitar Alcobaça porquê? Sei lá! Alcobaça, quando se passava de ou para o norte pela EN 1, mesmo mais tarde pela A1, era uma terra que só justificava uma deslocação por um motivo turístico-artesanal. Levava-se por ali uma prima desejosa dos doces do Alcoa ou uma tia saudosa das loiças ou das chitas. Tempos houve em que também fui por lá comprar ginja. Fora disso, visto e revisto que estava o mosteiro, por que diabo alguém ia a Alcobaça? (Que os alcobacenses não se zanguem comigo!)
Bom, tavez para comer. Já com a A1 mas essencialmente com a A8/A17 a servir de eixo regular para as ida lá cima, passou a almoçar-se ou a jantar-se por ali, quando dava jeito. De início, era o clássico "Trindade". ("Em Alcobaça, vais ao "Trindade", claro!", era o que se ouviu, por muito tempo). Mais tarde, o Zé Quitério, no "Expresso", ensinou-nos o "António Padeiro". E por lá me sentei bastantes vezes.
Até hoje! Instalado por curiosidade no Montebelo, o hotel que Souto Moura desenhou no Mosteiro de Alcobaça, constatei que ali mesmo existe um excelente restaurante, a um preço honestíssimo, com um pessoal diligente e sabedor, num ambiente agradável e sereno. Não tem defeitos? Talvez uma lista de vinhos pouco variada, demasiado "caseira". Mas comeu-se magnificamente!
Assim sendo, recomendo, sem reticências, o restaurante do Hotel Montebelo, de Alcobaça, do grupo Visabeira. Muito confortável, com um pessoal de extremo profissionalismo.
(Tão elogioso! Quem pagou esta crítica positiva, perguntará o leitor desconfiado? Eu, claro! Como todas - repito, todas! - as outras).
De acordo com o ditado de que santos da casa não fazem milagres, não conheço o hotel e menos o restaurante. Já ofereci lá, como prenda, uma noite a um casal holandês amigo. Mas, tendo cama própria a meia dúzia de km, duvido que lá durma alguma vez.
ResponderEliminarO restaurante tem mais hipóteses. Lá irei, lá irei, agora mais curioso.
Vou partilhar, e não só pela crítica gastronómica.
Bom dia Sr Embaixador
ResponderEliminarSendo eu um comum cidadão, que também tem tido oportunidades na vida para fruir algumas coisas interessantes, e sendo um muito modesto "connaisseur" da restauração nacional, permita ainda assim, concordar em absoluto com a sua apreciação quanto ao restaurante, e quanto ao hotel gostei dos dois dias em que lá estive instalado.
Quanto a "peças" de Souto Moura gosto ainda mais do que fez em Amares.
Quanto a restauração, e mesmo correndo o risco de que conhece, creio que merecem visita o Puttanesca mas sobretudo o "Pirâmide do Egipto".
Bom feriado. Saúde.
António R. Cabral
Caro António R. Cabral. Por coincidência, a partir de 2ª feira vou ficar uns dias na Pousada de Amares. O Puttanesca é o de "raça" espanhola, num alto de Leiria? Conheço e recomendo. Há décadas que fui ao Pirâmide do Egipto, em Moreira de Cónegos. Ainda não fui ao novo espaço, que só vi de fora. Sempre que passo perto, sou sempre tentado pelo São Gião... Cumprimentos.
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