É ali ao lado da Vidigueira, em Vila de Frades. Lá fora, estava um calor que nem lhes digo! Atravessar o Alentejo, vindo do sul, em direção a Lisboa, sem ser pelo caminho mais curto, num dia como o de hoje, só por um imenso motivo de força maior. E esse motivo era a vontade de ir almoçar, com amigos, a um restaurante com o “estranho” nome de “O País das Uvas”. A “estranheza” atenua-se se alguém (que não eu) lembrar que esse é o titulo de uma obra de Fialho de Almeida, nascido em Vila de Frades. Aqui chegado, devo dizer que, à parte “Os Gatos”, não tenho ideia de ter lido mais nada de Fialho de Almeida, muito menos a obra que deu nome ao restaurante. Passando ao que importa. Comeu-se muito bem: açorda de cação e carne de alguidar, antecedidos de cilarcas e espargos com ovos, e um “pijama” como sobremesa, que é uma “amostra”, em versão gigante, de três belas doçarias. Tudo foi acompanhado com um “vinho da talha”, a especialidade da casa, preparado em talhas mouriscas que podem e devem ser visitadas, na adega anexa. Para quem esteja cheio de pressa de lá ir, esqueça a segunda-feira: estão fechados. E tudo quanto lhes queria dizer. (Ah! Dizem-me que há uma versão lisboeta, chamada ”O Frade”, no início da Calçada da Ajuda, onde parece que se come igualmente bem. Lá irei um dia).
18.7.21
Nã conhecia!
É ali ao lado da Vidigueira, em Vila de Frades. Lá fora, estava um calor que nem lhes digo! Atravessar o Alentejo, vindo do sul, em direção a Lisboa, sem ser pelo caminho mais curto, num dia como o de hoje, só por um imenso motivo de força maior. E esse motivo era a vontade de ir almoçar, com amigos, a um restaurante com o “estranho” nome de “O País das Uvas”. A “estranheza” atenua-se se alguém (que não eu) lembrar que esse é o titulo de uma obra de Fialho de Almeida, nascido em Vila de Frades. Aqui chegado, devo dizer que, à parte “Os Gatos”, não tenho ideia de ter lido mais nada de Fialho de Almeida, muito menos a obra que deu nome ao restaurante. Passando ao que importa. Comeu-se muito bem: açorda de cação e carne de alguidar, antecedidos de cilarcas e espargos com ovos, e um “pijama” como sobremesa, que é uma “amostra”, em versão gigante, de três belas doçarias. Tudo foi acompanhado com um “vinho da talha”, a especialidade da casa, preparado em talhas mouriscas que podem e devem ser visitadas, na adega anexa. Para quem esteja cheio de pressa de lá ir, esqueça a segunda-feira: estão fechados. E tudo quanto lhes queria dizer. (Ah! Dizem-me que há uma versão lisboeta, chamada ”O Frade”, no início da Calçada da Ajuda, onde parece que se come igualmente bem. Lá irei um dia).
27.6.21
Cimas (Estoril)
Há muitos anos, quando criança, nos intervalos dos jogos de futebol no campo do Calvário, em Vila Real, lembro-me de ouvir, com a voz grave e pausada da locução da época, um anúncio aos então afamados relógios Cyma.
1.6.21
O “Ribas”, na Ericeira
23.5.21
Mais um vizinho
Hoje, domingo, deu-nos para visitar um outro restaurante da vizinhança, o “Clube dos Jornalistas”, na rua das Trinas, na Madragoa.
14.5.21
Na vizinhança
A bem dizer, o “Geographia” é o restaurante mais próximo de minha casa. E, injustamente, poucas vezes me lembro de lá ir. Fi-lo ontem, para jantar. E, como sempre - sempre, repito - aconteceu, saí imensamente satisfeito.
8.5.21
After Eight
Creio que foi já nos anos 70 que o “After Eight” entrou em Portugal. A certa altura, não havia jantar social em que, com o café, não fossem servidos aqueles quadrados de chocolate com uma pasta de mentol dentro.
Há um belo restaurante lisboeta que manteve, desde sempre, a tradição de servir um “After Eight” com o café. A quem acertar no nome da casa estou em condições de prometer que, quando lá forem, irão ter direito a um “After Eight”. E podem dizer que vão da minha parte.
Uma tasca histórica
Na fotografia estão pai, mãe e filho, a “troika” do bem” que rege a “Imperial de Campo de Ourique”, uma das minhas mesas de estimação.
5.5.21
Sancho (Lisboa)
Aqui por Lisboa, há alguns, poucos, restaurantes em que a moda quase não toca. Muitos dirão: e ainda bem! Um deles é o "Sancho", na Travessa da Glória. bem junto aos Restauradores. É um restaurante que conheço há várias décadas, que não aparece com frequência nos guias, que não anda nas bocas da crítica, mas onde, desde há muito, se pode encontrar uma cozinha sólida, sã, com uma qualidade constante que, não lhe conferindo um espaço de destaque nos Michelin & Cia, lhe garante um lugar na simpatia de muita gente que o frequenta, alguns com persistente e leal regularidade. Voltei lá, não há muito tempo, para um almoço de trabalho, com um amigo. Cheguei antes dele. Disse o seu nome e logo alguém ordenou: “Leva o senhor embaixador à mesa do senhor doutor...”. Como já lá não ia há uns tempos, tive de fazer “de conta” de que não fiquei surpreendido por me terem identificado (ou teria sido o meu amigo que alertou, como hipótese mais modesta). O almoço foi agradável e, a aquilatar pela lista que no início consultei, os preços estão numa escala de razoabilidade. Não posso dizer que saí esmagado de luxúria gastronómica, mas - com a franqueza com que digo sempre aquilo que penso dos locais que visito - posso dizer que fiquei satisfeito. Uma cozinha de restaurante para uso regular é aquilo mesmo: qualidade sustentada, serviço atencioso, cuidado com os clientes, tudo coisas que, nos tempos que correm, fico sempre contente por encontrar em Lisboa. Não sei quando vou voltar ao Sancho, mas, da próxima vez que andar pelo pelo fundo da Avenida da Liberdade, vou-me lembrar deste restaurante onde, pela primeira vez, nos anos 60, um tio que já lá vai há muito me levou a almoçar, numa primeira aprendizagem das mesas de uma Lisboa que, felizmente, ainda conseguimos reencontrar nos dias de hoje.
5.3.21
Um restaurante diferente
A porta fechou, há bastante tempo. O seu dono também desapareceu, há muito. Francisco Queiroz tinha vindo de África, nessa segunda metade dos anos 70, quando muita outra gente também veio de África.
Falar de amigos
Hoje, vou falar de amigos. De alguns dos muitos que têm, como negócio, como vida, um restaurante. Dos que sofrem, por estes dias, tempos bem difíceis, com empregos em jogo, contas para pagar, responsabilidades para cumprir. Dos que se dedicaram, por anos, a gizar um projeto de gastronomia responsável, a “desenhar” uma casa e um nome, com seriedade e muito profissionalismo. Pessoas por quem tenho muito respeito e que estou “deserto”, como se diz na minha terra, por poder abraçar, visitar, frequentar. Quem são eles? Aqui vão, só alguns. Podiam ser muitos e muitos outros!
5.10.20
Depois do confinamento: 5 mesas em Sintra
Incomum
Rua Dr. Alfredo da Costa, 22, Sintra
Tlf. 219 243 719
Largo Miguel Bombarda, 14, Almoçagem
Tlf. 219 291 507
Praia da Adraga
Tlf. 219 280 028
Ribeirinha de Colares
Avenida dos Bombeiros Voluntários, 71, Várzea de Colares
Tlf. 219 282 177
Rua Dom António Correia de Sá, 2, Várzea de Sintra
Tlf. 219 243 499
24.9.20
Depois do confinamento: “A Cozinha do Manel”
Nunca ali comi mal. Pensar isto de um restaurante, que se visita com alguma frequência, é algo que nos faz ter vontade de lá regressar. Há anos que o José António nos oferece uma cozinha genuína, segura, competente e profundamente nortenha, com um serviço agradável. Porque, nos últimos anos, por razões profissionais, me hospedo no Porto num hotel logo ali ao lado, visitar a “Cozinha do Manel” tornou-se para mim num hábito, num bom vício. E há que notar que, num dos extremos daquela rua do Heroísmo, havia a tentação do polvo no “Aleixo”, agora definitivamente fechadoEm tempos de pandemia, existe a obrigação de apoiar, com a nossa visita, os bons restaurantes de que gostamos. Como é a Cozinha do Manel.
23.9.20
Depois do confinamento: “Gambrinus” ( Lisboa)
22.9.20
Depois do confinamento: “Casa d’Armas (Viana do Castelo)
Quando vi nascer o “Casa de Armas”, ali perto do rio, numa casa senhorial de Viana do Castelo, que fazia parte do meu cenário de infância em férias, fiquei esperançado em que o restaurante pudesse contribuir para dar um abanão gastronómico a uma cidade que, no passado, nunca foi conhecida por ter grandes expoentes de restauração. Era um tempo em que, à parte a oferta tradicional e segura do “Laranjeira”, que sempre foi a minha “cantina” vianense de estimação, com o surgimento (que acabou por ser efémero) do “Cozinha das Malheiras” e a graça inicial do “Maria de Perre”, éramos muitas vezes tentados a dar uma saltada ao “Camelo”, a Leste, ou à “Mariana”, a Norte. Às vezes, nos primeiros tempos, a comida da “Casa d’Armas” pareceu-me demasiado pesada, outras vezes, a relação qualidade-preço causava-me algumas dúvidas. Tudo isso passou. Hoje, não tenho dúvidas nenhumas: frequento e recomendo a “Casa d’Armas”. É um expoente nas mesas da cidade. Está-se a comer ali muito bem, com o grande profissionalismo do serviço de sala que sempre foi apanágio da casa, o que proporciona refeições memoraveis.
21.9.20
Depois do confinamento: “Poleiro” (Lisboa)
Quando, em 1985, chegado de posto em Angola, fui viver para perto do Campo Pequeno, alguém me disse maravilhas de um restaurante que tinha acabado de abrir, na rua de Entrecampos - o Poleiro. Eram dois irmãos Martins: o Manuel, a chefiar a cozinha, e o Aurélio, a dirigir a sala, então minúscula (não chegava a 30 lugares; depois aumentou apenas um pouco mais). A oferta inicial era eclética: havia espetadas madeirenses e comida minhota, por exemplo. O Aurélio, nos vinhos, converteu-se num constante descobridor de coisas novas e excelentes.
Por muitos anos, o Poleiro foi um “caso” numa restauração lisboeta que estava então muito longe de ter o leque de diversidade que hoje tem. Havia filas à porta. Ao almoço, era o mundo da política, do jornalismo, das empresas. À noite, eram casais e pequenos grupos. As reservas eram feitas com grande antecedência. Havia dias “impossíveis”.
Vivendo a cinco minutos a pé, tornei-me, de um regular frequentador, num bom amigo da casa. E já lá vão 35 anos. Noites houve em que o Aurélio me dizia, pelo telefone: “Pode ir descendo, que a sua mesa está quase pronta”, depois da rodada anterior. E, lá chegado, sabia ter à minha espera os peixinhos da horta e um belo queijo amanteigado, que ainda hoje vejo figurar por detrás dos níveis de colesterol das minhas análises. Grandes noitadas, com a família e amigos, passei no Poleiro.
Quem me conhece sabe que fiz sempre, por todo o lado, imensa “propaganda” do Poleiro. Não por ter a sua gente por amiga, mas porque achava, e continuo a achar, que por ali se servia e serve uma das mais genuinas cozinhas de Lisboa. Sem quebras, sem cedências, sem recuos na qualidade dos produtos.
Hoje, como é da lei da vida, os dias do “Poleiro” não são os mesmos desse tempo, somada agora a pandemia a tudo o resto. Há muitos concorrentes, diversas ofertas gastronómicas, modas a prevalecerem. Mas o Poleiro ali está, impecável no que nos propõe, como ainda há muito pouco tempo tive ocasião de comprovar, numa visita que fiz à minha “cozinha”, como o Pedro d’Anunciação escreveu, há quase 15 anos, num artigo numa revista que encontrei por lá encaixilhado e de que aqui deixo imagem para memória presente.
20.9.20
Depois do confinamento: “Solar dos Pintor” (Manjoeira)
Não, não há erro nenhum de concordância no nome deste restaurante: é assim mesmo. É na Manjoeira, passando A-das-Lebres, depois de Loures. Fui lá pela primeira vez na semana passada, voltei lá ontem. A Dona Áurea, que dirige a cozinha, prepara uns petiscos de grande categoria, mudando a ementa de dia para dia. A garrafeira é sensacional e a relação qualidade/preço é do melhor que tenho encontrado. Se prometerem deixar sempre uma mesa para mim, podem lá ir. À confiança!
19.9.20
Depois do confinamento: “Galito” (Lisboa)
Há alguns restaurantes que servem boa comida alentejana em Lisboa. Mas só há uma única casa em Lisboa que, verdadeiramente, pode ser qualificada como sendo um restaurante 100% alentejano: o “Galito”. O Henrique, com mão de mestre e atenção pelos clientes, seguindo a tradição da sua mãe, a saudosa D. Gertrudes, continua a oferecer, ali para as bandas do Colombo e do Colégio Militar, uma cozinha genuína e de muita qualidade. Uma culinária que vem de longe, da Aldeia da Serra, na serra da Ossa, entre o Redondo e Extremoz, onde nasceu o primeiro “Galito”, perto do “Chana do Bernardino”, que por lá continua a operar. Depois, houve, na Pontinha, o “Barrote Atiçado”, que coincidiu, pelo menos, com a primeira das três encarnações deste “Galito” (onde sou cliente desde sempre), a última das quais, espaçosa e arejada, é a atual. O “Barrote” ainda sobreviveu num centro comercial (única das casas que não conheci), deixando depois o “Galito” sozinho no terreno. E que bem que continua a comer-se no “Galito”!
18.9.20
“Mesa Marcada”
Dirigido por Duarte Calvão e Miguel Pires, por ali tem sido acompanhada a fantástica evolução que, nos últimos anos, se processou na oferta restaurativa nacional, com particular destaque para a área da “alta gastronomia”, onde Portugal começou a “dar cartas”.
Neste que está a ser um tempo muito difícil para os restaurantes portugueses, parte dos quais fortemente afetada pelo recuo do mercado turístico, o “Mesa Marcada”, com um belo e novo “endereço”, a que pode chegar clicando aqui, ajuda a manter a atenção sobre este importante setor económico nacional, do qual dependem muitos milhares de empregos e a sobrevivência de imensas famílias.
Os restaurantes portugueses estão a fazer um esforço notável, sem recuo na qualidade e no serviço, e tentando seguir, como regra geral, estritas condições sanitárias, para conseguirem atravessar este tempo de crise.
Continuar a frequentar os restaurantes é ajudar a manter vivo um setor que faz parte da nossa cultura nacional. É imperativo não deixar que a conjuntura da pandemia destrua o processo de afirmação da identidade da gastronomia que hoje se pratica em Portugal, como internacionalmente é crescentemente reconhecido.
Parabéns ao “Mesa Marcada” por ter tido o sentido de responsabilidade de saber renovar-se, precisamente neste tempo complexo e exigente.
14.8.20
Jantar
11.6.20
Depois do confinamento: que vivam os restaurantes!
Avenida dom Manuel I
Alcochete
Tel. 212 340 668
Avenida de Brasília
Lisboa
Tel. 213 636 014
Tel. 217 970 760
Avenida Serrana, 5
Serra d’El Rei (próximo de Peniche)
Tel. 262 909 461
Tel. 265 613 070
Avenida General Humberto Delgado, 16
Sines
Tel. 269 636 271
Tel. 218 952 018
Lisboa